Você está navegando na internet e decide pesquisar brownies. O primeiro resultado, um anúncio pago, faz referência a uma famosa loja, bem perto de onde você mora. Você clica no link e, para sua surpresa, o site que aparece não tem nada a ver com o tal lugar. Muito pelo contrário: é uma lojinha desconhecida, que fica do outro lado da cidade.
A razão para essa frustração é muito simples: qualquer pessoa pode colocar no ar uma campanha de links patrocinados no Google e promover qualquer palavra. Essa facilidade ajudou a popularizar o serviço, que é a principal fonte de receita da empresa californiana.
Mas, como tudo tem seu lado ruim, isso também significa que anúncios do Google Ads (antes conhecido como Google AdWords) podem não ser exatamente aquilo que parecem. Entre os principais casos de mau uso do serviço, estão:
Empresas que usam palavras-chave ligadas a outras marcas (ou até mesmo o nome de concorrentes) com o objetivo de desviar tráfego para seus próprios canais.
Revendedores que usam determinadas marcas para atrair cliques e redirecionar os usuários a sites onde vendem outros diversos produtos, que não são necessariamente os anunciados.
Cibercriminosos que se apropriam da identidade de uma marca para enganar usuários e aplicar golpes variados, como phishing, infecção por malware, venda de produtos falsificados etc.
É claro que o serviço de publicidade do Google conta com mecanismos para garantir que as regras sejam respeitadas. Os exemplos acima são considerados faltas graves, mas medidas só são tomadas para casos que envolvam marcas registradas no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) ou que já tenham sido cadastradas no Google Ads.
Por isso, é fundamental que as empresas mantenham uma estratégia de monitoramento ativo da sua presença digital. Só assim é possível evitar abusos e proteger sua imagem corporativa.
Normalmente, mecanismos de denúncia como o do Google Ads são muito eficazes. Casos de anunciantes que decidem não colaborar são raros, mas infelizmente acontecem. Então, a empresa lesada não tem outra opção a não ser acionar o infrator na justiça.
A boa notícia é que, recentemente, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) encerrou um processo no qual determina a proibição do uso de nomes de concorrentes em serviços como o Google Ads. Na ação que gerou a decisão, uma empresa tinha comprado a marca de um concorrente no serviço de buscas pagas para, assim, aparecer no topo dos resultados. A 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do TJ-SP julgou que o direcionamento do resultado da busca para um site que não é o da empresa pesquisada causa confusão ao usuário.
Essa decisão cria jurisprudência sobre o tema. Assim, quando uma empresa tiver sua marca usada indevidamente no futuro, a ação movida na justiça provavelmente será julgada em favor do denunciante.
Na nossa história, o usuário teve que lidar com a frustração de não receber o conteúdo esperado, enquanto a marca perdeu tráfego no site oficial, vendas e, possivelmente, reputação. Na próxima pesquisa, mesmo que um link legítimo apareça, será que esse usuário vai clicar?
Para evitar essa e outras consequências mais graves, é fundamental criar uma rotina de monitoramento de palavras-chave. E, caso algo seja identificado, realizar as devidas denúncias na plataforma.
É para ajudar nesse processo que a Axur criou o monitoramento de usos indevidos de marca em buscas pagas, uma solução que coloca sua empresa um passo à frente dos cibercriminosos.
Com esta solução, a plataforma Axur One procura ativamente por usos indevidos da sua marca (inclusive em buscas pagas), permitindo que você realize as ações necessárias com muito mais agilidade. Conheça o Digital Brand Compliance e mantenha sua imagem e seus clientes sempre protegidos.