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    Novo recurso do Banco Central e a evolução da proteção de identidades digitais

    Por Time de Conteúdo em 3 de Dezembro de 2025

    O cenário brasileiro de fraude de identidade evoluiu na mesma velocidade em que crescem os vazamentos de dados pessoais, a automação de ataques e a sofisticação da engenharia social. A abertura indevida de contas bancárias usando CPF de terceiros se tornou um vetor recorrente para golpes financeiros, lavagem de dinheiro e obtenção de vantagens ilícitas em escala industrial. Ao mesmo tempo, dados de grande parte da população  (especialmente de executivos, líderes empresariais e indivíduos com maior exposição pública) circulam em ambientes clandestinos e são utilizados como insumo para fraudes.

    Nesse contexto, o Banco Central lançou recentemente uma funcionalidade que adiciona uma camada de proteção significativa ao cidadão: a possibilidade de bloquear a abertura de novas contas bancárias em seu próprio nome. Essa medida reforça o ecossistema de prevenção a fraudes, amplia o controle do indivíduo sobre o uso de seu CPF e mitiga tentativas oportunistas de abertura de contas com base em informações vazadas.

    Como funciona o novo recurso de bloqueio do Banco Central

    O BC Protege+ é acessado por meio da área logada “Meu BC” no site do Banco Central. A ativação exige uma conta gov.br nos níveis Prata ou Ouro com autenticação em duas etapas. Uma vez ativada a proteção, todas as instituições financeiras, como bancos, fintechs e casas de pagamento, ficam obrigadas a consultar o status do CPF/CNPJ antes de permitir qualquer abertura de conta ou inclusão de titular/representante. Caso a proteção esteja ativa, a abertura é automaticamente bloqueada. A funcionalidade cobre contas correntes, poupança e contas de pagamento, inclusive em instituições com as quais o cidadão já tenha relacionamento. 

    Esse controle reduz a eficácia de cadastros automatizados, dificulta o uso de bases vazadas para fraudes financeiras e fortalece o papel do indivíduo na proteção da própria identidade.

    O serviço é gratuito, começa a valer imediatamente após ativação, e pode ser desativado e reativado a qualquer momento. 

    ➡️ Para ativar o recurso, acesse: https://www.bcb.gov.br/meubc/bcprotege

    Importância da medida para executivos e indivíduos de alto perfil

    Profissionais em posições de liderança possuem ampla presença pública e são frequentemente citados ou expostos em fontes abertas, documentos corporativos, redes sociais e bases de dados vazadas. O volume e diversidade de exposição tornam seus dados mais suscetíveis a exploração criminosa, e a apropriação indevida de sua identidade pessoal pode ser utilizada tanto para golpes financeiros quanto para ataques direcionados à própria organização, como spear phishing sofisticado, criação de perfis falsos e engenharia social contra times internos.

    Em um contexto onde dados pessoais podem ser expostos repetidamente, a restrição institucional imposta pelo BC torna mais difícil que criminosos convertam vazamentos antigos ou recentes em contas operacionais, fortalecendo a defesa de indivíduos e organizações.

    Para executivos, a combinação entre medidas institucionais e visibilidade contínua sobre sua superfície digital resulta em uma proteção mais abrangente.

    Exposição de dados e o papel do monitoramento contínuo

    O surgimento de dados pessoais de executivos em ambientes clandestinos, paste sites, redes sociais ou marketplaces ilegais costuma ser o marco inicial para uma cadeia de exploração que antecede tentativas de fraude bancária. Detectar de forma antecipada essas exposições (sejam dados pessoais, credenciais, menções suspeitas ou tentativas de criação de perfis falsos) permite que a organização ajuste controles, oriente o executivo e fortaleça sua postura de segurança antes que o atacante avance.

    Nesse cenário, o monitoramento contínuo de exposição digital fornece contexto estratégico identifica vazamentos recentes que envolvem lideranças, correlaciona sinais de preparação de ataques e orienta respostas preventivas. Ferramentas de monitoramento avançado desempenham um papel fundamental ao detectar:

    • quando dados pessoais de alto valor surgem em novos vazamentos;
    • quando combinações de informações podem permitir ataques direcionados;
    • quando credenciais relacionadas ao executivo começam a circular em ambientes suspeitos;
    • quando há sinais de impersonação, perfis falsos ou correlação de dados sensíveis.

    Quando executivos também utilizam o bloqueio do Banco Central, as equipes de segurança contam com uma barreira complementar que reduz o impacto potencial de incidentes pessoais e dificulta a progressão de ataques que se apoiam no uso indevido do CPF.

    A combinação de controle institucional sobre abertura de contas + visibilidade proativa sobre exposição digital cria um modelo de proteção avançado, mais difícil de ser contornado e mais resistente a ataques modernos.

    Conclusão

    O lançamento do BC Protege+ marca um passo importante no fortalecimento da proteção de identidades no sistema financeiro brasileiro. Para executivos, líderes corporativos e profissionais com maior visibilidade pública, a adoção da ferramenta representa uma camada adicional de defesa contra fraudes de identidade e uso indevido de dados.

    Quando combinada com monitoramento contínuo de exposição de dados, a medida amplia a capacidade de prevenção e resposta a ameaças, protegendo tanto o indivíduo quanto a organização que ele representa.

    Se sua área de segurança deseja aprofundar a compreensão sobre exposição de dados, inteligência de ameaças direcionadas e proteção contínua de lideranças, conheça como o Axur Executives & VIPs pode apoiar essa jornada com dados acionáveis, monitoramento especializado e resposta integrada.

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