O ataque conhecido como Phishing (traduzido livremente para "pescaria") consiste em um atacante se passando por um órgão ou instituição na internet, com o objetivo de roubar os dados dos clientes da organização atacada, geralmente utilizando-se de páginas falsas. Esta técnica foi batizada com este nome devido ao modo como é operada, onde uma pessoa mal intencionada cria uma página falsa e distribui diversas mensagens se passando pela instituição (isca). A partir disso, o fraudador aguarda que os usuários mais despercebidos caiam na fraude (sejam fisgados, seguindo a analogia).
Phishing é uma forma de roubo de dados e de identidade que ocorre quando um website malicioso personifica um website legítimo, com o objetivo de obter dados como senhas, detalhes de contas de usuários, ou números de cartão de crédito. Phishing também podem ser enviados por e-mail para às vítimas como uma mensagem falsa, induzindo então o acesso ao website fraudulento. De acordo com o relatório da TrendMicro, o Brasil é o país líder em cibercrimes na América Latina, e quarto lugar no mundo. Quando o assunto é phishing, o país gera cerca de 38% da quantidade total de ataques da América Latina e América Central.
Com o crescimento de fraudes digitais, um mercado foi formado ao redor deste tipo de ataque, e devido a isto, sua qualidade e nível de detalhe também cresceram significativamente. Hoje em dia, grande parte dos phishing tem grandes semelhanças ou até mesmo é uma cópia exata de todos os elementos visuais do website afetado, tornando-se assim mais efetivo e trazendo melhores resultados para os criminosos.
O phishing pode ser propagado por qualquer meio de comunicação, seja ele eletrônico como e-mail, mensagens de texto, publicações em redes sociais, entre outros, ou até mesmo em meios físicos como folhetos com links, banners, QR Codes, etc. Utilizam-se principalmente de duas técnicas: promoções de venda muito boas para serem verdade, e intimações por órgãos governamentais ou instituições. Por muitas vezes, criminosos se utilizam de e-mails oficiais de órgãos governamentais como por exemplo polícia, exército, correios, entre outros, para causar medo e com isto aumentar a possibilidade de cair em um phishing. Este tipo de instituição jamais irá entrar em contato para uma notificação por e-mail.
Você já deve ter recebido mensagens como "a polícia está atrás de você, clique aqui para ver", "seu pedido está disponível para retirada nos correios, clique aqui", "você tem uma dívida com o banco XPTO, clique aqui para ver". Este tipo de mensagem é utilizado para convencer o usuário a acessar o link malicioso, que temendo ter algo errado ou uma pendência acaba preenchendo os dados solicitados e assim entregando-os a criminosos.
Instituições financeiras, órgãos governamentais e forças policiais nunca entram em contato por e-mail ou redes sociais para informar pendências, se você recebeu alguma destas mensagens, é muito provável que seja golpe, e quando um produto está sendo ofertado por um preço inacreditável talvez realmente seja bom demais para ser verdade.
Existem técnicas que você pode utilizar para a identificação de phishing:
ABURROUS, M.; HOSSAIN, A.; DAHAL, K. et al. Predicting Phishing Websites Using Classification Mining Techniques with Experimental Case Studies. 2010 Seventh International Conference on Information Technology: New Generations, 2010.
APWG,. Phishing Activity Trends Report. [s.l.: s.n.], 2016. Disponível em: <https://docs.apwg.org/reports/apwg_trends_report_q1_2016.pdf>. Acesso em: 30 ago. 2016.
BASNET, R.; MUKKAMALA, S.; SUNG, A. Detection of Phishing Attacks: A Machine Learning Approach. Soft Computing Applications In Industry. New Mexico, p. 373-383. 2008.
ELLEDGE, A. An Analysis of a Growing Threat. 2004. SANS Institute. Disponível em: <https://www.sans.org/reading-room/whitepapers/threats/phishing-analysis-growing-problem-1417>. Acesso em: 09 set. 2016.
TRENDMICRO, Brazil - Cybersecurity Challenges Faced by a Fast-Growing Market Economy, 2013. Disponível em: http://www.trendmicro.com/cloud-content/us/pdfs/security-intelligence/white-papers/wp-brazil.pdf