Todos gostamos de um bom susto no Halloween — mas algumas das histórias mais arrepiantes não acontecem em casas mal-assombradas, e sim no mundo digital. De vazamentos massivos de dados e dumps de credenciais na dark web a sistemas sem patch que abrem as portas para milhões de identidades roubadas, esses casos reais mostram como o dia a dia de quem trabalha com cibersegurança pode ser verdadeiramente assustador.
A boa notícia? Essas não são apenas histórias de terror. Cada um desses incidentes traz uma lição valiosa sobre como esses pesadelos poderiam ter sido evitados.
Neste artigo, revisitamos cinco dos casos mais assustadores de cibersegurança e analisamos como eles poderiam ter sido prevenidos ou mitigados.
1. Real Estate Wealth Network (2023)
Impacto: 1,5 bilhão de registros expostos
Em dezembro de 2023, o pesquisador de segurança Jeremiah Fowler descobriu um banco de dados sem autenticação pertencente à empresa Real Estate Wealth Network (REWN), de Nova York — especializada em educação para investimentos imobiliários. O dataset, de 1,16 TB, continha mais de 1,5 bilhão de registros, incluindo históricos de propriedades, IDs fiscais, dados financeiros e documentos judiciais — até de celebridades e figuras públicas.
O banco de dados não possuía proteção por senha, ficando acessível a qualquer pessoa. Não foi confirmado quando os atacantes tiveram acesso à database da REWN.
📰 Fontes: SecurityWeek, SecurityInfoWatch, Bitdefender Blog.
2. NetEase (2015)
Impacto: 235 milhões de contas comprometidas
Em outubro de 2015, credenciais da provedora chinesa NetEase (domínios 163.com e 126.com) apareceram à venda em um marketplace da dark web operado pelo vendedor DoubleFlag. O dump incluía endereços de e-mail e senhas em texto de cerca de 235 milhões de usuários.
A NetEase negou oficialmente o vazamento, mas usuários confirmaram que suas credenciais coincidiam com as expostas — validando a legitimidade dos dados. O caso destacou um problema clássico: reutilização de senhas e falta de hashing adequado.
📰 Fontes: Have I Been Pwned, DataBreach.com, Wolfe Systems.
3. Adobe (2013)
Impacto: 153 milhões de registros roubados
Em outubro de 2013, a Adobe Systems revelou que atacantes haviam invadido sua rede, inicialmente relatando 3 milhões de contas afetadas — número que logo subiu para 38 milhões de contas “ativas”. Pesquisadores de segurança confirmaram depois que o dump continha mais de 150 milhões de combinações de nome de usuário e senha com hash.
O ataque também expôs dados de cartões de crédito criptografados e até código-fonte de produtos Adobe, o que elevou drasticamente a gravidade do incidente. A empresa acabou firmando um acordo judicial e pagou mais de US$ 2 milhões entre indenizações e custos legais.
📰 Fontes: Have I Been Pwned, CSO Online, CyberSoochna.
4. Capital One (2019)
Impacto: 106 milhões de registros de clientes expostos
Em julho de 2019, a Capital One revelou que um hacker havia obtido acesso não autorizado ao seu ambiente em nuvem, expondo dados pessoais e financeiros de cerca de 100 milhões de clientes nos EUA e 6 milhões no Canadá.
O ataque explorou uma vulnerabilidade de SSRF (Server-Side Request Forgery) e uma má configuração de firewall de aplicação (WAF) em uma instância da AWS. A invasora — ex-funcionária da própria AWS — usou credenciais temporárias para acessar buckets S3 que continham nomes, endereços, e-mails, datas de nascimento, renda declarada, scores de crédito e números parciais de SSN.
A empresa corrigiu rapidamente a falha, notificou os reguladores e ofereceu monitoramento de crédito gratuito, mas o caso se tornou emblemático sobre riscos de má configuração em ambientes cloud.
📰 Fontes: Capital One Official Statement, The Hacker News, Dark Reading, Online Hash
5. eBay (2014)
Impacto: 145 milhões de contas afetadas
Entre fevereiro e março de 2014, atacantes comprometeram credenciais de colaboradores do eBay, obtendo acesso aos sistemas internos e extraindo dados de 145 milhões de usuários. O vazamento expôs senhas criptografadas, e-mails, endereços físicos, telefones e datas de nascimento.
Embora os dados do PayPal não tenham sido afetados, a resposta do eBay foi criticada por demora na divulgação e comunicação confusa. A empresa acabou impondo um reset global de senhas.
📰 Fontes: Wired, Twingate Blog, Africa CPAF.
Como evitar que histórias de terror como essa se repitam
Essas histórias não são apenas sustos — são lições. Cada incidente mostra que a falta de visibilidade é o verdadeiro monstro.
A Axur oferece um ecossistema completo de soluções para proteger empresas contra esses cenários:
- Detecção de vazamentos de dados e monitoramento de Executivos & VIP: varredura contínua na surface, deep e dark web, com alertas de exposição em tempo real.
- Monitoramento de Credenciais e Threat Hunting: rastreia credenciais e domínios corporativos comprometidos, permitindo reset preventivo antes que sejam explorados em ataques de credential stuffing.
- Monitoramento de BINs de cartões de crédito: identifica vazamentos de dados de clientes e acelera a mitigação de incidentes.
- Threat Hunting: detecta credenciais vazadas e páginas de phishing ativas, permitindo o Takedown automatizado e reduzindo o tempo de exposição.
- Cyber Threat Intelligence (CTI): o monitoramento contínuo das exposições externas permite que as empresas detectem precocemente IoCs ou falhas de configuração. Ao identificar endpoints vulneráveis e possíveis padrões de exploração antes que os ataques ocorram, é possível reduzir o tempo de detecção e minimizar o impacto geral de uma violação.
- Takedown automatizado: remoção rápida de páginas de phishing e uso indevido de marca — com taxa de sucesso de 98,8% e automação total.
Com as soluções da Axur, é possível detectar e neutralizar ameaças antes que elas se tornem críticas. Porque, na cibersegurança, os piores monstros são os que você não vê chegando. 🎃
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