Digital Fraud, Threat Intelligence

Entendendo os Threat Actors e como monitorá-los com o Polaris

Por Time de Conteúdo em
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A inteligência de ameaças (threat intelligence) desempenha um papel fundamental na cibersegurança, transformando dados brutos em insights acionáveis que ajudam a proteger organizações contra ataques cibernéticos. A diferença entre simples dados e inteligência reside na análise e contextualização dessas informações, que permite uma compreensão mais profunda das ameaças. Nesse contexto, entender o perfil de atores maliciosos (Threat Actors) é fundamental para identificar padrões de comportamento e prever possíveis ataques. 

Recentemente, a Axur deu um passo significativo ao lançar uma nova funcionalidade no Polaris: páginas com perfis detalhados de Threat Actors. Essa novidade oferece uma visão mais aprofundada das ameaças, permitindo que as organizações fortaleçam suas defesas de forma mais eficaz.

Antes de te contarmos mais sobre a novidade, vamos recapitular alguns conceitos sobre esse tema. 

 

O que é um Threat Actor?

Um Threat Actor, ou ator malicioso, é qualquer indivíduo, grupo ou organização que conduz atividades maliciosas em busca de comprometer a segurança digital de uma empresa, indivíduo ou sistema. Esses atores podem variar de hackers individuais a grupos patrocinados por estados-nação, cada um com diferentes motivações e técnicas de ataque. Exemplos notórios incluem organizações criminosas de alto nível como o grupo de ransomware Lockbit3.0, ou mesmo Ameaças Persistentes Avançadas (APTs) como Fancy Bear, cujos ataques são patrocinados por atores estatais adicionando uma camada de complexidade à análise desses grupos.

 

Diferentes Perfis, diferentes ataques

Os Threat Actors podem ser classificados em várias categorias, dependendo de suas motivações e métodos operacionais. Alguns dos principais exemplos são:

 

Hacktivistas: motivados por causas políticas ou sociais, utilizam ataques cibernéticos para promover suas agendas.

Cibercriminosos: buscam lucro financeiro através de atividades ilegais, como fraude, roubo de dados e extorsão.

Grupos patrocinados por estados-nação: realizam espionagem e sabotagem cibernética em nome de governos, visando obter vantagens estratégicas e políticas.

 

TA PT

 

Apesar do conceito Threat Actor ser usado para classificar essa ampla gama de grupos e atores maliciosos, na prática cada ator malicioso atua com um conjunto de motivações, capacidades e ferramentas únicas. Ainda que alguns grupos tenham intenções mais ou menos claras. Por isso, unificar esses dados soltos para conseguir entender melhor o perfil de um ator malicioso e suas capacidades é tão desafiador mas, para a Axur, não é impossível.

 

Compreender para se proteger – e um caso de uso prático

A partir de suas motivações e capacidades, é possível esperar determinados padrões de comportamento dos atores maliciosos. Entender o histórico de atuação do grupo, como suas ferramentas e capacidades, permite também tomar decisões mais assertivas para mitigar as ameaças cibernéticas associadas a esses atores. Ao lidar com uma ameaça específica dessas, ter em mãos dados de inteligência organizados e analisados sobre o perfil de atuação de um grupo é um arma poderosa para as equipes de cibersegurança e Threat Intelligence, permitindo tanto responder a incidentes de forma mais estratégica como prevenir sua organização das ações desses Atores. Veja como isso funciona na prática:

Imagine que sua organização detectou uma atividade incomum que sugere a presença de ransomware na rede. Ao ser apresentado às evidências do incidente uma nota de Ransomware, você descobre que o ator malicioso é um afiliado ao Threat Actor Lockbit3.0. Mas o que isso realmente fala sobre o incidente, os métodos, e o comportamento do grupo?

Utilizando o Polaris, você identifica diversos dados de inteligência consolidados e analisados pela nossa plataforma. O Polaris permite identificar Insights coletados anteriormente associados ao Threat Actor, como incidentes recentes, técnicas utilizadas e relatórios de Inteligência recentes. Esses dados permitem que sua equipe identifique aspectos essenciais para a sua postura de segurança durante o tratamento do incidente:

 

1. Vetores de ataque: o perfil de Threat Actor alimenta dados de vetores de ataque comumente utilizados pelo ator malicioso, como ferramentas, técnicas de pós-exploração e atividades de impacto buscadas pelo ator. Com isso, é possível orientar os esforços do tratamento do incidente para identificar brechas e reforçar sua segurança durante um período em que cada minuto é importante.

 

2. Mitigações: o Polaris coleta e associa informações relevantes sobre Indicadores de Comprometimento e TTPs que já foram observadas em relação a um ator malicioso. Esses dados podem ser utilizados por EDR/XDRs para tentar mitigar a persistência dos atores maliciosos na sua rede e identificar padrões de comportamento.

 

3. Apoio à decisão: alguns incidentes exigem tomadas de decisão que não são estritamente técnicas. Entender melhor o perfil da ameaça de segurança permite que sua organização tenha mais informações prontas para uso durante o planejamento de suas ações, levando em consideração aspectos como histórico, motivação e técnicas desses atores.

 

Como o Polaris ajuda você a monitorar diferentes Threat Actors

O Polaris, módulo da Axur que atua como um analista de Threat Intelligence, coleta dados 24x7 associados a incidentes de segurança e à atuação desses Threat Actors (os nossos Insights). Além disso, agora o Polaris também permite que esses dados sejam organizados em uma página específica, que conecta os dados dos Insights a atores maliciosos relacionados a esse incidentes, produzindo um perfil de ator malicioso construído com base nesses dados – e portanto, constantemente atualizado com as informações mais recentes. 

Adicionalmente, além de conseguir relacionar esses diferentes Insights com os Threat Actors, a página do perfil de Threat Actor permite identificar análises da atuação desses grupos, como ferramentas, vetores, histórico, entre outros dados. A nossa estratégia é simplificar a visualização e compreensão das ameaças, fortalecendo a defesa da sua organização contra possíveis ataques, tudo dentro de uma única plataforma.

 

 

Confira como ao acesso a perfis de Threat Actors facilita o seu dia a dia

A funcionalidade Perfil de Threat Actor foi desenhada para trazer vantagens estratégicas e rápidas para sua equipe de cibersegurança e Threat Intel. Podemos resumir esses ganhos em três pontos principais:

 

  • Apoio à decisão em tratamento de incidentes: responder a incidentes de segurança é uma tarefa complexa, em que dados de inteligência consolidados e acionáveis podem fazer toda a diferença nas decisões que serão tomadas. Em uma quantidade significativa de incidentes de segurança é possível identificar o nome do ator malicioso, de forma que o Polaris permitirá coletar os dados da ameaça enfrentada de forma simplificada e de fácil acesso.

  • Prevenção e mitigação de riscos emergentes: além da resposta a incidentes, organizações frequentemente protegem suas defesas de forma preventiva, identificando ameaças emergentes às suas infraestruturas de tecnologia da informação e tomando medidas adequadas à proteção contra ameaças específicas. O Polaris permitirá que, ao identificar ameaças emergentes, facilmente seja possível entender como e por onde preparar suas defesas para a mitigação desses riscos.

  • Apoio à análise de incidentes relevantes: por integrar dados dos Insights na construção do perfil do ator malicioso, o Polaris permite que equipes de segurança tenham acesso facilitado a fontes de informações relacionadas ao histórico de atuação de atores maliciosos e à análises geradas por inteligência artificial.

 

Polaris: seu novo analista de Threat Intelligence

A centralização e integração das informações sobre Threat Actors é uma das novas capacidades de coleta e análise de dados automatizada do Polaris. Com essa evolução da nossa ferramenta, esperamos que nossos parceiros identifiquem, respondam e mitiguem ameaças cibernéticas de forma cada vez mais eficiente, protegendo seus ativos digitais e fortalecendo a postura de segurança da empresa.

Confira alguns exemplos:

Lockbit

Sandworm

ALPHV/BlackCat

Para ver os principais threat actors do último mês, acesse o Polaris gratuitamente.

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ESPECIALISTA CONVIDADO

Eduardo Schultze, Coordenador do CSIRT da Axur, formado em Segurança da Informação pela UNISINOS – Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Trabalha desde 2010 com fraudes envolvendo o mercado brasileiro, principalmente Phishing e Malware

AUTOR

Time de Conteúdo

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